3 de fevereiro de 2011

REENCARNAÇÃO - DA COERÊNCIA DA CONSCIÊNCIA À COERÊNCIA DO CONHECIMENTO OU VICE -VERSA?!



REENCARNAÇÃO UM DOS MISTÉRIOS DA IMORTALIDADE ;
CRENÇA IMAGINÁRIA OU REALIDADE REJEITADA ?!.

Esta foi , uma das questões sobre as quais os meus pensamentos viajaram,  ao sabor do baloiçar do comboio, entre o Porto e a Cúria nos passados meses de Outubro e Novembro. 

Descomprometidos e pairando para além  das preocupações  com  certificação e comprovação  de pesquisa ,  os pensamentos foram moldando-se  à doçura da entrega com  gosto a uma espécie de lazer  esvoaçante  que os acomodou em análises e sínteses a partir  reflexões sobre fragmentos de leituras e informação despretensiosa.
 Já  desde o  início do ano 2010 , esta  questão, de quando em vez, me visitava,  e quase sempre se aviva nos contactos de trabalho que deparavam com a barreira do preconceito,ou a resistência à admissibilidade da imortalidade e/ ou reencarnação.
 As pessoas querem saber quem são , de onde vêm e para onde vão, mas raramente admitem, com clareza, o que  acreditam ou não acreditam acerca  dos mistérios da vida depois da morte. Acrescia a essa falta de clareza ou de presença  de consciência , um entrelaçar de  mãos dadas  ao  sofrimento surdo, mudo e ansioso e muito, muito difícil de apagar. 
Este é um assunto, sobre o qual rios  de tinta já correram , porém , ainda continua difuso e nebuloso para  grande parte do consciente ocidentalizado.   .

 Mesmo perante a actividade de muitos cientistas, reveladora de que a ciência já começa a encontrar respostas sobre os mistérios da mente, da alma , da continuação da vida para além da morte e da influência de vidas passadas no nosso comportamento actual, a verdade é que o cepticismo , as interpretações magicas e um certo obscurantismo religioso,  reinam ainda  neste domínio, contribuindo para adiar os benefícios do desvendar e clarificar a verdade .

Talvez por isso, ante a consciência da urgência e  importância da compreensão destes assuntos, o  baloiçar do comboio, em lugar de me convidar á inercia , afagou-me com a comodidade da meditação activa  e a lucidez da reflexão  que permearam o reorganizar da compreensão e  a vontade de expressar  ideias sobre o assunto. Algumas já  partilhadas no artigo anterior e outras que de agora em diante prosseguirão. A saber:

  Ligando á anterior reflexão:
   ( =  sabedoria um processo gradual)

   No artigo antecedente , acolheu-se  a compreensão de que a vida na Terra, não é nem o princípio, nem o fim, apenas uma etapa ou  fase de um  processo evolutivo e educacional da humanidade. Sublinhou-se  a ideia de que, quando nos nossos pensamentos se torna firme o conhecimento segundo o qual se conclui que a estadia na terra tem por finalidade a aprendizagem de um determinado número de lições através do mecanismo da reencarnação, mais discernível e lúcida se torna, a compreensão do propósito e sentido de valor da existência e, por tabela, todas as vicissitudes , circunstâncias e enredos dos eventos ocorridos ou a ocorrer nas nossas vidas.
   Não é fácil, para todos, alcançar e firmar este tipo de consciência, no entanto, tenho vindo a concluir  que este é um degrau que se apresenta como essencial e inultrapassável á reorientação lúcida do sentido existencial.

 - Por onde começar?
 È a questão para a qual, não tem sido nada fácil encontrar resposta, sobretudo para aqueles que tendem a afogar-se no mar, cada vez mais turbo da informação ou  a agarrar-se a dogmas, tabus, condicionamentos e fanatismos inconscientes.
 Mas hoje como ontem, a resposta sempre me parece simples. Bastará começar pelo caminho que nos é familiar para a partir dele, e sem perder de vista a luz da identidade, avançar no desconhecido, mediante o indagar, buscar, analisar, sintetizar, aplicar até alcançar. Para depois recomeçar tudo de novo.
 O conhecimento é ilimitado e o desenvolvimento é interminável… À humanidade, nada é revelado de uma só vez,  a evolução e o desenvolvimento obedecem a um processo de equilíbrio ,gradualmente, construído e adquirido.

Começar por fazer perguntas é sempre um bom começo.
Fazer perguntas é procurar   as chaves certas para as  fechadura de cada porta a ser aberta para a verdade. Nesta parte será útil ter em conta que,  a qualidade das respostas é directamente proporcional á qualidade das perguntas. Saber questionar e reaprender a perguntar é metodologia insubstituível no buscar e alcançar a verdade.

Fixada e pacificada  a consciência da imortalidade e da eternidade, e de que, a reencarnação é  um processo  ou programa  de evolução destinado a facultar a aprendizagem de certas e determinadas lições , algumas perguntas se desenharam:

- Se assim é e se uma parte da humanidade é eterna, então porque é que andamos a fazer coisas tão más a nós próprios?
- Porque é que se pisa constantemente os outros para benefício próprio, ou se aponta
o  dedo acusador , quando na realidade estamos a esquecer  ou a menosprezar as nossas lições?
- Porque é que uns se julgam mais elevados que outros? Quando tudo indica que o nosso destino final seja o mesmo, embora os percursos se realizem a diferentes velocidades?
- Se o respeito de uma pessoa por outra pessoa deve ser prioridade ao Amor, porque é que acabamos sempre por pensar mais em nós mesmos do que nos outros?
- Porque é que o altruísmo não é alcançado facilmente?


 Em resposta , desenrolou-se, paulatinamente, na tela da minha mente, o filme do  estado caótico da actual civilização e a quantidade de lições que a humanidade tem deixado por aprender no culminar de uma crise civilizacional, enraizadamente ética e de valores , alimentada na  desorientação  e  sofrimentos que hoje se adivinham agudizar ao nosso entorno.
  Ante tal visão, a identidade nacional  pareceu mingar  de  asfixia e constrangimento.
 Porém emergiu lúcido o pensamento de que não é Portugal que está atrasado em relação á Europa, ou a Europa em relação á América ou América em relação ao Japão, ou vice-versa. È a civilização Terrestre como um todo,  a expressar um caótico estado de atraso evolutivo. Expresso, ora em fortes assimetrias na distribuição dos recursos materiais   e espirituais, ora no  caos do fanatismo politico- religioso, ora  na descriminação de género, raças e etnias...etc...etc...

 A Globalização económica e o recurso às novas tecnologias revelam um” avanço “ muito discutível e precário  que apenas tem servido para acentuar as assimetrias regionais e culturais, aumentar a Pobreza e expor situações reveladoras da ausência de uma Globalização  da  Consciência .

 O cenário Mundial induz a constatar uma humanidade terrestre que parece  teimar em permanecer fechada em si mesma, numa espécie de ilha com  brilho ofuscado  por  arame farpado de  campo de concentração, onde frutificam pensamentos egocêntricos, egoísticos e   uma ganância irracional; Onde, o sofrimento colou com tal apego,  que a maioria dos comportamentos das pessoas alimentam e alimentam-se do medo que impede o abrirem-se á compreensão  das verdadeiras causas e anula a  vontade de o  transcender.

 Segundo um vasto grupo de visões , a humanidade Terrestre parece ter atingido um   limite que a  torna perigosa para si mesma, ao ponto de ameaçar autodestruir-se e destruir o planeta. ( Esta é uma conclusão que atinge já o estatuo de lugar comum, mas até ao momento, sem  o necessário poder  transformador.)

  Contudo,  por todo o lado, já não é possível disfarçar o aroma gangrenante da arrogância , nem o mofo do Isolamento, ambos  denunciadores de que  esta humanidade padece de um tremenda crise de identidade  e  de um  profundo  apagão de memória;  que a faz esquecer a  sua  origem e de que não está só. Está confusa quanto ao caminho a seguir mas raramente se lembra  que, o caminho até agora escolhido, tem-na levado e ainda a está a levar , para desfiladeiros estreitos e abismos que a colocam cada vez mais longe do modelo de Perfeição que lhe está destinado.
       Mais insiste, em pretender aumentar  analfabetismos culturais e educacionais de modo a garantir  que as futuras gerações também se esqueçam de que tem sido beneficiária da infinita tolerância, paciência e auto-sacrifício de Seres  que, poderemos apelidar de Deus,
 "Pai",  "Criadores"  e/ ou  Irmãos mais Velhos  que nunca desistiram de a amparar nesta atribulada evolução.

      Diante todo  este cenário, frequências de pensamentos mais elevados  vieram em meu auxilio inspirando interpretações e  respostas edificantes  que apontam para a vigência de um plano de "emergência"  implementador de um acelerado  e transformador Despertar; Um poder de mudança e de acerto que  em muitos pontos do planeta já  se manifesta e em muitos seres é Real.

     No entanto,  á sua efectiva e completa  implementação , benéfico e acelerador  será , que no consciente individual e colectivo se torne claro e discernível que somos apenas os irmãos mais novos, inexperientes, ignorantes, carregados de preconceitos e tabus para consigo mesmos e mais ainda, para com o desconhecido, e por conseguinte, ainda inconscientes dos mistérios da existência e de civilizações muito avançadas que pululam nos milhares de mundos por todos os Universos. Que tais seres nunca nos invadiram nem invadirão, porque ao contrário dos Egos Terrestres, respeitam ilimitadamente a liberdade de consciência.
 Grande é ainda o fosso que nos separa dessas civilizações mas, atingido está, o limite do prazo concedido para o normal desenrolar do processo educacional e de Desenvolvimento e,  quando, seja o que for, atinge o limite do prazo, corre o risco de se estragar , consequentemente só restará transformar e  acelerar esse transformar.

Para quem ache muito estranho o que acaba de ser escrito, que pergunte a si mesmo o que na realidade sente e  pensa  acerca da sua origem e de  onde   pensa que vieram os ensinamentos e livros Sagrados e os cérebros e ideias que produziram e produzem os avanços científicos?

A advertência é, enquanto não no enchermos daquela humildade que nos permite aprender e vencer os nossos condicionamentos, seremos algozes de nós mesmos e os carcereiros de uma cela construída por material interno que bloqueia a Liberdade e o encontro com o Real dentro do Ser Humano.
 E não será por falta de disponibilidade de informação.
 O conhecimento esteve sempre á disposição da humanidade,na divina proporção ,de acordo com os meios , visões e níveis de consciência  mas, ainda assim, a humanidade  tem tardado em compreendê -lo e em gerar condições para amplia-lo.
 Embora os ensinamentos Supremos ensinem que ninguém é maior do que o próximo, que todos somos iguais perante o criador, não é isso, no entanto, o que a sociedade e o consciente social espelham. Nem tão pouco, muitos daqueles que se afirmam ao serviço de Deus e da Humanidade!

E é isto que faz a diferença, é isto que provoca  e provocará  deficits nos resultados no  sistema evolutivo.

Basta que se faça uma síntese de todos os livros sagrados e de todos os ensinamentos de todas as civilizações que passaram pela Terra, incluindo todas as religiões, Judaico-cristãs, Islamismo, Hinduísmo, e Filosofias do Extremo Oriente, do campo de influência Inca e das Ilhas, entre outros, que facilmente se verificará que apesar do ensinamento necessário, ter estado sempre á disposição da humanidade, o mesmo não tem sido aplicado. Antes o que foi realizado foi tão-somente as interpretações das interpretações erróneas (excepções excluídas) ao serviço alguns Egos Terrestres, essências degeneradas, que se desviaram do projecto original, multiplicaram e perpetuaram (até ao Sec. XX)
   A coisa pode parecer dramática, e é, porém já foi mais, e não é insuperável.
O atraso da  presente evolução terrestre, que não é mais do que o resultado do atraso na aprendizagem das lições mencionadas no artigo anterior, está , desde meados do Sec XX , a ser sujeito a uma espécie de plano de recuperação final  que além de  correctivo , sintetiza e potencializa  a aceleração da aprendizagem do que  ficou por aprender.

   As depressões, crises e toda a  movimentação de busca interna ,realização social e descobertas em territórios do desconhecido , mais não são do que a consequência  do esforço de quem, no mais intimo da sua alma, sabe que está no limite do prazo de validade e que é AGORA ou NUNCA. Daí a fome pelo saber e pelo conhecimento. Daí a necessidade prementemente sentida pelo trabalhar a visão interna a que muitos chamam desenvolvimento pessoal e / ou espiritual, no resolver tudo o que impede aceder aos reinos da paz, da felicidade e da perfeição, em suma, a planos mais elevados de experiencia da consciência.
Daí as ajudas suplementares mas cada vez mais frequentes e intensas vindas da dimensão da ciência e da espiritualidade cientifica.

   E é no trilhar desse caminho que se descobre que o ensinamento PURO esteve sempre aí… E o mais curioso é que não é preciso procurá-lo nos livros. Os livros são um meio Útil, mas limitado, provisório, interpretado, alterado, às vezes degenerado.
 O verdadeiro suporte  e repositório  da sabedoria são  a essência e os códigos da consciência do ser Humano, de que os livros são apoio  e não o contrário.

Tudo indica que o Ser humano está destinado a Ser, ele Próprio, o livro, e assim será, desde que escreva e aprenda  a ler nas páginas da consciência e da sua essência, as experiências resultantes da aplicação dos ensinamentos Sagrados. Senão o que resultará, são folhas em branco, rasuradas ou inacabadas. Um chumbo por cabulice que, no limite, poderá excluir o direito á reeducação e á repetição do aprendizado.( Há quem lhe chame sujeição á inexistência.)

   Quando acreditamos na nossa imortalidade e compreendemos a razão de ser da evolução pela reencarnação, facilmente se torna claro e lógico que somos um cofre que transporta todos os tesouros acumulados ao longo das nossas encarnações ( desde os tempos ancestrais). Somos autênticas enciclopédias á espera dos estímulos e circunstancias adequadas ao desabrochar dos códigos que as abrem e realizam.
   E que   ensinamentos são esses ? Que  lições são essas?
   São as lições da vida que aguardam ainda realização religiosa (moral), o desenvolvimento  espiritual , e  o aprendizado.
   Mas delas, só falaremos na próxima reflexão. 
Agora o que importa reter é que um dos maiores condicionamentos impeditivos dos códigos de desenvolvimento da humanidade é a duvida quanto á respectiva imortalidade e a negação da reencarnação enquanto processo de aprendizagem revelador de  que a existência e a vida neste planeta são uma Escola com laboratórios para experiências temporárias.
Por isso é dito: -  agora  já não chega abrir a mente, é preciso também,  abrir e unificar  a consciência.

Até á próxima reflexão
 Rosa.

1 comentário:

Caroline disse...
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