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“ A sabedoria é conseguida muito lentamente. A razão é que o conhecimento intelectual, facilmente adquirido, deve transformar-se em conhecimento “emocional” ou subconsciente. Uma vez transformado, torna-se permanente. A prática comportamental é o catalisador para esta reacção. Sem acção o conceito irá definhar para em seguida desaparecer. O conhecimento teórico sem uma aplicação prática não é suficiente." (1)
Assim se fazia síntese no seculo XX, por quem se associava já à larga equipe , na área da ciência, buscadora das chaves libertadoras do sofrimento e de novas portas de Conhecimento.
Já então se reconhecia que, equilíbrio e a harmonia são bases de sabedoria , no entanto, têm vindo a ser negligenciados.
Ontem, como hoje, tudo continua a ser feito em excesso. As pessoas têm peso a mais porque comem demasiado, (…) bebem demasiado, fumam demasiado, divertem-se demasiado ( ou muito pouco), falam demasiado e sem nexo, preocupam-se demasiado, polarizam demasiado, complexificam para depois se especializar demasiado.
"Na natureza existe o equilíbrio. Os animais destroem em pequenas quantidades. Os sistemas ecológicos não são eliminados em massa. As plantas são consumidas para voltarem a crescer. As fontes de sustento são esgotadas para voltarem a ser reabastecidas, A flor é apreciada, o fruto comido, a raiz preservada. Não é isto que encontramos na natureza humana.
- A Humanidade ainda não aprendeu o equilíbrio e muito menos o praticou. Continua a ser guiada pela ganância, arrogância e pela ambição.
E nem mesmo aqueles que se dizem portadores de " uma nova Luz" aprendem a sair da roda dos excessos , isolam-se demasiado, viram para si mesmos demasiado, sofrem e queixam-se das forças involutivas demasiado, stressam demasiado, deprimem demasiado, mergulham no passado demasiado , interpretam demasiado…quando a felicidade tem as suas raízes na simplicidade e na fidelidade à essência, que no final é uma só. .
A tendência para os excessos em pensamentos e acções reduz a serenidade e a felicidade Os excessos sempre obscureceram os valores básicos.
As pessoas religiosas, e quando digo religiosas, refiro-me á religiosidade em consciência e não na forma, dizem-nos que a felicidade vem do facto de termos o coração cheio de amor, de fé e de esperança. E têm razão. A partir destas atitudes o equilíbrio e a harmonia. emergem naturalmente.
Mas a realidade da grande maioria dos seres humanos não é essa. A humanidade tem-se sobrecarregado de visões e interpretações que a afastam da simplicidade, da harmonia, do equilíbrio e da pureza, brindando-a com esquecimento da transitoriedade da passagem pela terra
Tudo se passa, como se a humanidade ainda se encontre alienada de si mesma , vendo tudo ás avessas e carecente de um estado alterado de consciência para poder corrigir essa visão e permitir inundar-se de amor, compaixão e simplicidade, para sentir a pureza e para se libertar dos seus medos crónicos e atávicos.
Sem esse estado alterado de consciência a humanidade não logra sair da sonolência dos automatismos dos comportamentos recorrentes e repetitivos que a afastam da sua essência e do seu mais autentico estado de SER .
Para se atingir e manter esse estado alterado de consciência, que remete para um outro sistema de valores, necessário se faz , tornar ciente, de uma vez por todas, o denominador comum de todas as religiões: - A humanidade é imortal.
Tudo se torna Simples quando se torna claro e assumido que, a morada ultima da humanidade é a eternidade.
E que o ensinamento esteve sempre aí… a aguardar ser digerido, para que novas portas se abram para a humanidade e novas informações e conhecimentos possam ser legados.
Mas o ser humano que se revela um criador muito apressado, acaba sempre por esquecer que não foi ele quem se criou . A consequência deste esquecimento fá-lo incorrer no erro de uma Consciência muito limitada e auto- limitante. O Ser Humano não é o dono do processo , nem o criador da Lei. E mais se vai esquecendo que em tudo há um propósito que o transcende à espera do tempo certo para ser desvendado.
Mas o ser humano que se revela um criador muito apressado, acaba sempre por esquecer que não foi ele quem se criou . A consequência deste esquecimento fá-lo incorrer no erro de uma Consciência muito limitada e auto- limitante. O Ser Humano não é o dono do processo , nem o criador da Lei. E mais se vai esquecendo que em tudo há um propósito que o transcende à espera do tempo certo para ser desvendado.
A mero título de exemplo consideremos as lições a que normalmente chamamos de aprendizagens Carmicas, intelectualmente as respostas estiveram sempre aí, porém o atraso evolutivo torna notório e revelador de que o saber meramente intelectual não chega. Antes demonstrado resulta que, a necessidade de uma actualização pela experiência para tornar permanente a gravação no subconsciente através de uma ” emocinalização” e da pratica do conceito, representa a chave de tudo. “ È preciso aplicar o conhecimento disponível , vivendo-o.
Estamos todos numa escolaA vida , os eventos e ocorrências que experimentamos na vida parecem afirmar-se como a verdadeira escola da Consciência e a garantia de aproveitamento na escola da Evolução.
O conhecimento intelectual, por si só, não basta. O conhecimento cognitivo poderá ser o iniciador ou motivador do processo, porém não é nem o resultado, nem o significado do processo,
E, conforme melhor discorre o homem de ciência e de fé , Dr. Brian Weiss a memorização não é a resposta:
“ A memorização numa escola de fim-de-semana não é suficiente. Um serviço só de palavras sem a confirmação do comportamento, não tem qualquer valor. È fácil ler ou falar sobre amor, caridade ou fé. Mas para o fazer, para o sentir torna-se necessário um estado alterado de consciência. Não um estado transitório induzido por drogas, álcool ou emoções inesperadas. O estado permanente é conseguido através do conhecimento e da compreensão. É sustentado pelo comportamento físico, por acções e heroísmos, pela prática. Adquire um sentido místico que se transforma pela prática numa familiaridade do dia-a-dia, o que faz dele um hábito.”
Além de que, nunca é demais relembrar que o ser humano não se esgota em si mesmo e que o seu destino é transcender-se. E esta, é uma verdade que se aplica a todos os seres humanos sem excepção, e que, ninguém é maior do que o seu próximo. E esta verdade. È uma coisa que precisa ser sentida. Ajudemos os outros na prática, não porque somos mais avançados do que eles, mas , porque estamos todos no mesmo barco. Se não nos esforçarmos em conjunto, todos perderemos, porque cooperação é a palavra de ordem nesta escola onde só a paciência, a tolerância, a ajuda mútua e o auto-sacrifício, são os critérios e a medida da avaliação do merecimento do "diploma" que permite a passagem para níveis de aprendizado mais elevado e para a perfeição.
Rosa
Nota: (1) Dr. Brian Weiss
Presidente honorário do departamento de psiquiatria
Mont Sinai Medical Center.
autor de diversos best-sellers e realiza workshops seminários
e programas de formação Profissional a nível internacional
Presidente honorário do departamento de psiquiatria
Mont Sinai Medical Center.
autor de diversos best-sellers e realiza workshops seminários
e programas de formação Profissional a nível internacional
2 comentários:
Sim, Xinhora! Gostei de te ler, Rosinha.
Este problema das "passagens" do "teórico" ao "prático" (uma fprma corriqueira de dizer o que diozes) sempre me seduziu. Sempre guardei e gosto de "ruminar" as achegas que me vêm dos "mestres" nestas coisas. Dou-me conta de que, à medida que me treino na "transformação da informação em acção", eu me torno "outro" - sempre mais enriquecido e aberto.
Obrigado e ... até breve. O papinho prometido, na linha do T.E., ainda não esqueceu. Pasado agora o Curso de Autonomia Afectiva, já lá vamos.
Xi Abel
Sim, Abel. Entretanto já lá fomos...:) E por muito que se diga, não se consegue exprimir o que na verdade se experimenta.O silêncio vence-me as palavras de tão bom que foi e é, sempre que nos unimos. Sinto-me profundamente agradecida e privilegiada por vos conhecer e principalmente, por me permitir abrir a porta ao conhecimento de uma tomada de consciência mais presente nos meus comportamentos.
É como diz a Rosa, não basta muita sabedoria intelectual senão a pormos em prática. Estou agora a lembrar-me de uma coisa que a São Rangel disse ao iniciar a sua palestra: Não há voluntariado mais bonito do que ver pessoas mais felizes. E isto Rosa, é o que eu vejo passar da teoria à prática... Vocês são realmente testemunhos VIVOS da BOA NOTÍCIA do Deus da Vida. São um Dom cheio de GRAÇA ao propor desafios para uma melhor qualidade de vida aos demais.
Rosa, minha grande amiga, não resisto a compartilhar o teu texto, no meu blog!
Um grande grande abraço e até à próxima sessão de aprofundamento do nosso curso de Autonomia Afectiva.
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