Num tempo em que tantos falam em amor incondicional parece-me oportuno lembrar e tentar seguir o exemplo de quem o praticou , legando-nos obra a continuar .
Raoul Follereau iniciou ,ainda muito novo , uma promissora carreira de escritor- poeta mas foi durante uma das suas viagens de jornalista –repórter pela África que “descobriu os leprosos” e através deles a força da motivação da sua alma “ Existir é agir” ao dedicar-lhes toda a sua vida na companhia da sua mulher Madeleine.
Este grande interventor social que pugnou pela dignificação da pessoa humana aos mais diversos níveis foi apelidado como “ Vagabundo da Caridade “ por se ter dedicado à erradicação da fome , da doença e da pobreza , foi também um grande inspirador das verdades espirituais.
Pouco antes de desencarnar , aos 74 anos de idade escreveu o seu Testamento espiritual que parcialmente se transcreve:
“ Quando vós me lerdes, ter-me-ei encontrado com o amor.
Saberei então como estas linhas são pobres, até indignas. Mas terei recebido a graça de me despojar da inteligência que se julga verdade e de nada mais saber senão amar.
Ter-me-ei encontrado com o Amor: E terei a certeza, então de nunca o ter perdido.
(…)
O tesouro que vos deixo é o bem que não fiz, que teria querido fazer e que vós fareis depois de mim.
Declaro minha herdeira universal a juventude do mundo: toda a juventude do mundo”
Tive contacto, pela primeira vez, com a Obra e as Palavras deste Ser, no ano de 1999, era eu uma jovem de 39 anos de idade e senti-me profundamente grata pela herança.
Mas esta herança não vinha livre de encargos, compreendi ao recebê-la. Porém o ónus a pagar era a pratica do AMOR.
Foi na busca de compreensão desta realidade sublinhada pelas afirmaçoêS; “ A única verdade é amar. Ninguém tem o direito de ser feliz sozinho.” (1)que pouco a pouco fui interiorizando que a pratica do amor é aprendida nos pequenos detalhes e nos pequenos gestos da vida. E que o outro é sempre testemunha do nível da minha aprendizagem.
Mais descerni que enquanto houver irmãos vítimas de fome, frio, doença ou descriminação algo me falta ainda aprender sobre a prática do amor. E como esta lição só se aprende praticando Significa que ainda não pratiquei amor o suficiente.
Vislumbrando que” AMAR NÃO É DAR MAS PARTILHAR “ (2) é forte a minha motivação de ir partilhando o que vou aprendendo para aprender o que partilho porque “ È DANDO QUE SE RECEBE”.(3)
A alquimia da Mesa da Mãe está aberta para almoço dia 25 pelas 13 para” partilhar amizade e fundos destinados a um projecto de ajuda a uma família do centro do país patrocinado pela APARF ( ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA AMIGOS FAOUL FOLLEREAU ) .Associação que se integra numa união internacional que tem por fim a prossecução dos ideais de Raoul Follereau "" como apostolo dos leprosos" e o seu amor por todos os excluídos e desprezados da sociedade."
Com amor Rosa Maciel
Para mais informações consultar www.aparf.pt
(1,2) Raoul Follereau
(3) S. Franscisco de Assis
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