Na transição para 2010 os " Reis Magos"presentearam-me como o desafio de , no Tema social da revista os "Reis 2010" de Ovar, lançar o convite para uma adequada reflexão " Sobre a Montanha que desaba em Nós", situando-nos no sofrimento mas também na esperança.
E a montanha de que estamos a falar é "a avalanche de adversidades que se abate sobre nós e, quantas vezes em simultâneo. Capaz de nos desestruturar ( ou abalar) psíquica e fisicamente." (1)
Assim do plano da inspiração brotou a síntese de uma visão que tem emergido da minha experiência e do testemunho de homens e mulheres que não desanimam na adversidade mas que procuram discernir as suas verdadeiras causas e finalidades:
PERPLEXIDADES E AS ATITUDES DO SER HUMANO FACE AOS GRANDES SOFRIMENTOS
O homem de hoje depara-se com situações a nível individual e colectivo que o tornam hesitante e duvidoso porque, diariamente, enfrenta situações de Sofrimento em si e nos outros que se revelam difíceis de resolver satisfatoriamente.
Depressão, insónia, falta de sentido existencial, suicídio, stress, desistência, violência, falta de saúde, conflitos Judiciais, Conflitos familiares, lutos e perdas mal resolvidos, doenças graves, medo da morte, desamparo na velhice, solidão, desemprego, medo do futuro, alcoolismo, recurso a Tóxico-dependência, trivializarão do sexo, auto-distributividade , marginalidade galopante … Creio que esta lista já é suficientemente longa para, por si só, nos proporcionar um amplo panorama do estado actual das vivências da humanidade, onde cada um de nós, mais cedo ou mais tarde, experimenta uma ou várias destas lições, que, para muitos se tornam em aflições.
Alguns de nós aprendemos o seu significado, mas, a maioria, nem por isso. Daí a perplexidade e a atitudes equivocadas da generalidade dos seres humanos face aos grandes sofrimentos.
A Crise de valores está aí e não vai recuar. E não vai recuar porque é preciso que a consciência social e a opinião pública mudem em relação á sua contribuição para a estrutura do pensamento e da organização social e para as do actual modelo civilizacional. Mas essa mudança não ocorrerá sem uma mudança individual. Isto é, as soluções para os problemas da actualidade contrariamente ao que acontecia até meados do século passado (XX) não poderão vir de fora, das exterioridades, mas do resultado da expressão da individualidade de cada ser humano.
Passando a explicar melhor: se aos sofrimentos e inerentes problemas sociais supracitados, acrescentarmos as filosofias e actuações de concorrência predatória, os horrores das guerras, as carências provocadas pela crise monetária, a incompetência e impotência dos governos estaduais e supra-estaduais, facilmente nos daremos conta que algo está a agonizar.
A coisa já não é só no bairro, nem no país, ela é global: Bastam uns minutos atentos de telejornal para perceber que o mundo parece uma loucura controlada. Tudo ressoa a vazio e a mentira.
Sintetizando porque a natureza e forma deste escrito assim o exige, poderá dizer-se que o sofrimento humano, qualquer que seja a sua foram de expressão, resulta das crenças limitativas, condicionamentos e esforços de adaptação do ser humano a uma civilização que cada vez menos percebe o que ele é, porque exige que um individuo se desligue da natureza e da sua alma para fazer parte de um modelo civilizacional cujo resultado final é, indivíduos vazios, criando uma civilização vazia que está á procura de si mesma.
Um Modelo civilizacional que acabou por colocar a humanidade numa vida paramilitar e onde todos estão sobre grave ameaça psicológica, porque se não trabalharmos (e não interessa se essa é ou não a nossa vocação), não temos dinheiro. E se não temos dinheiro não há sobrevivência. E Portanto, se não há dinheiro não há vida. Um modelo onde a realidade está invertida, ou seja, onde
o homem deixa de ser o experimentador e co-criador do mundo para o mundo passar a ser o senhor do homem.
. Assim o homem moderno, em detrimento dos avanços da ciência e da tecnologia vive a mais angustiante e a mais paradoxal de todas as solidões psicossociais, expressa pelo abandono de si mesmo na trajectória existencial.
Como sair disto? Mudando de Atitude. Voltando a Si mesmo. Reaprendendo interiorizar, a criar raízes mais profundas dentro de si mesmo.
Como? Largando as velhas crenças negativas, substituindo-as por crenças e pensamentos positivos, benevolentes e edificantes, alicerçados no Amor por si mesmo e ao próximo.
Há cerca de uma década que, todos os dias investigo, e tenho vindo a descobrir que:
a) O Medo, as Crenças limitativas, os preconceitos, a superstição, os tabus, a prostração, a inércia a ignorância e a inconsciência são as verdadeiras causas do sofrimento Humano.
b) Se queremos mudar o mundo , a chave está em mudar as estruturas de nosso pensamento, as emoções e os sentimentos que nos habitam e Só então, veremos surgir as mudanças externas positivas de maneira automática.
Qualquer esforço de mudar o mundo sem o esforço de mudar a estrutura do nosso pensamento, do nosso interior, está como tem estado, destinado ao fracasso.
c) Toda e qualquer mudança interna começa por aprender a Amar, aceitar e Perdoar a si mesmo. Pois ninguém pode dar aquilo que não tem.
d) O homem não se esgota em si mesmo e só adquire sentido quando se abre aos outros.
e) A essência do homem é transcender-se. Para isso necessita obter respostas sobre:Quem sou Eu?Para que existo?Por que existo?Como devo existir?
Assim é que a ponta de lança da nossa evolução social e cultural é nossa evolução espiritual.
Em que me baseio para afirmar tudo isto?
Na minha licenciatura em direito? Nos meus quinze anos de advocacia e actividade forense? Na minha licenciatura em serviço social? Na minha formação como Agente de Ajuda da ONG Telefone da Esperança? Na minha busca e investigação da Psicologia Sagrada e inteligência espiritual? Na minha capacidade de formadora no âmbito do desenvolvimento pessoal?
1 comentário:
Muitos parabéns pelo Blog.
Gostei muito
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