22 de novembro de 2006

PARADOXALMENTE!


O amor é aquilo que fica depois do outro nos ter desapontado."
André Louro de Almeida


Esta não será, talvez, a mais bela definição de amor mas ressoa-me a uma verdade que já há algum tempo ouvia ecoar pelos becos do meu mundo interior:
- Só sentirás a verdadeira frescura da fragãncia do amor quando deixares de sentir necessidade de ficar presa nas teias da desilusão e do desapontamento.
A ofensa e o desapontamento , são criações da mente dividida que aposta na condenação como garante eficaz da separação e do quase indecifrável sentimento de auto suficiência solitária.
Ao Unificares a mente reencontrarás a paz e a desnecessidade de lutar e sofrer.
O desapontamento é um mero indicador de que ainda não te libertas-te do medo. De que ainda não te amas o suficiente para amar e compreender o outro incondicionalmente.Por isso sê sempre suave contigo e com o outro, aconchega-te na energia do perdão e deixa ir tudo o que já não te serve.Constata e deixa ir, a raiva , o ressentimento, o criticismo, a decepção, a culpa, a necessidade de ter necessidades e mais uma vez constata. O que fica é um respirar cada vez mais calmo e profundo. O que fica é liberdade , o que fica é tudo o que és. O que fica é uma energia chamada Amor.

O amor é uma flor que germina por si mesma mas floresce nos terrenos da Aceitação .
Usemos os nossos desapontamentos para glorificar os nossos jardins.RM:~)

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