25 de julho de 2007

Dia fora do tempo




Uma das maiores garantias de aprendizagem é Viver e aprender aquilo que ensinamos.

Acredito que um dos maiores desafios desta existência é aprender a amarmo-nos e a aceitarmo-nos exactamente como somos. Por isso, escolhi, escolho e pretendo continuar a escolher servir uma energia chamada Amor. Este serviço devolve-me a consciência da importância do auto-amor e do auto-valor na redescoberta de si mesmo, no aceitar viver o permanente desafio da transformação pessoal com a inerente integração da mudança e consequente renovação da percepção do mundo.

Amar e aprovar a mim mesma exactamente como Eu Sou tem sido uma aspiração e inspiração que anima um projecto de vida que se tornou irresistível seguir: Trilhar os degraus evolutivos do caminho de regresso ao Criador.

A um olhar desprevenido esta atitude poderá parecer egocêntrica, individualista e narcisista. Mas de facto não o é. A experiência tem-me garantido ser esta iniludível fórmula que permeia e sustenta o crescimento Pessoal, o desenvolvimento das zonas nobres da personalidade e da inteligência espiritual.

Não é meu propósito dirigir-me ao intelecto mas ao coração de cada um, onde a ressonância do que é sentido como adequado é suficiente para gerar convicção e confiança na veracidade da singeleza do testemunho.

Algures no meu percurso tornou-se-me claro e inequívoco que a vida é uma escola imperdível onde escolhi aprender em todos os momentos do meu fôlego. Por isso, respirar e saborear cada momento passou a revelar-se sagrado, e o tempo a oportunidade de um portal para dimensões e frequências aparentemente esquecidas.

Foi então que pouco a pouco a minha percepção do mundo e do tempo começou a sofrer alterações reveladoras de verdades que a história humana foi distorcendo.

Uma dessas distorções prende-se com o modo como é entendido e fraccionado o tempo ao longo de um período chamado Ano.
Como a maioria, fui educada a aceitar como indiscutível a divisão do tempo imposta pelo Calendário Gregoriano composto por 365 dias, divididos em doze meses irregulares de 31, 30, 28 ou 29 dias.

Intuía que o tempo ali se apresenta escalado e dividido em função dos interesses político-económicos na repartição do trabalho mas totalmente alheados dos ciclos da natureza e do relógio biológico do ser humano.
Intuía, fui intuindo até ao limite da capacidade de aceitação da distorção.

Como sempre acontece ou tem vindo a acontecer no despertar da consciência para realidades fora do limite do seu anterior estado, uma vez accionadas novas linhas de pensamentos, crenças e/ou afirmações, a nossa mente encarrega-se de fazer chegar até nós tudo o que necessitamos para manifestar e criar uma nova realidade em função da nossa nova forma de pensar.

É então que uma série de “coincidências com significado” (= sincronicidades) passam a correr na nossa direcção, e uma vez notadas, agarradas e compreendidas revelam factos susceptíveis de alterar o nosso anterior estado de conhecimento e por isso de percepção.

Foi mais ou menos isso que me aconteceu à mais de ano quando tomei contacto com uma data de informações sobre o calendário das 13 Luas, mais conhecido pelo calendário da paz ou calendário Maia onde a contagem do tempo se baseia em 13 ciclos lunares de 28 dias por ano solar, perfazendo um total de 364 dias (13x280=364) complementado por mais um, chamado de dia "Fora do Tempo"...

Não é que me tenha tornado uma escrupulosa seguidora daquele calendário, simplesmente a mera consciência da sua existência e o contacto com a informação proporcionada ocasionou uma ressonância que por si e em sintonia com formas de pensamento similares proporcionaram a reorganização da minha energia interior de forma a sintonizar-me cada vez mais e com maior frequência ao tempo natural.

Uma manifestação desta factualidade ocorreu no pretérito dia 31 de Dezembro de 2007 e foi notada e sublinhada pelos amigos e amigas que reconhecendo-me alegre, expansiva e festiva estranharam o facto de não me ter entusiasmado, sequer minimamente, com a passagem do ano.

De facto não manifestei porque não senti qualquer necessidade de balanço, meditação ou celebração. Ao invés de sentir que um ano finalizava e outro começava, sentia patente e notório que a linha do tempo apelava à continuidade de uma acção que se revelava progressiva e na curva ascendente da manifestação. Não senti por isso a mudança de qualquer ciclo, muito menos a energia de uma passagem do ano. Porém como a alegria dos outros sempre me contagia encarei o dia 31/12/2006 como um dia tão bom como outro qualquer para jantar com amigos no final de um intenso quanto extenso dia de trabalho.

Apercebo-me agora de que já então o meu coração decidira que aquele não era o meu tempo de celebração da finalização do ciclo que descreve o movimento do sol em volta da Terra mas muito mais a celebração de um poder que nos instiga a pensar e a sentir que “Tempo é Dinheiro”. Não porque o tempo não possa ser também dinheiro, porque nada tenho contra ao dinheiro, nem contra o poder de o criar. Mas porque tempo é e deve ser acima de tudo Vida. Vida e realização da pessoa humana. E esse tempo não pode ser medido, tão pouco compartimentado, pelos meros interesses e poderes político-económicos que nos amarram e escravizam a ciclos artificiais. Mas por ciclos que de facto nos ligam aos movimentos naturais, do Sol da Terra, da Lua, do Universo e, enfim, do Comos.

Com a aproximação do dia Fora do Tempo a que prefiro chamar Dia do Não Tempo comecei a dar-me conta de que, apesar de imperceptivelmente, a partir do dia 26 de Julho de 2006, procurei sintonizar as vibrações do meu ser com a frequência do tempo natural, e sem grande esforço a minha energia passou a alinhar-se com os ciclos da Lua, das 13 luas.
Apercebo-me de que esse ciclo é o que mais se ajusta ao tempo da minha realização pessoal. E porquê?!

Porque aliado a um trabalho de reprogramação mental e limpeza emocional:

- torna cada vez mais perceptíveis a presença das sincronicidades que me fazem estar cada vez mais e com maior frequência no lugar certo, à hora certa, com as pessoas certas, a fazer as coisas certas à realização do Ser.

- possibilita detectar os automatismos paralisantes e bloqueantes da autenticidade.

- facilita o fluir com a vida e com universo e com as escolhas, tornando-as mais fáceis, leves e ás vezes quase imperceptíveis.

- permite tempo de viver a individualidade e de aprofundar a compaixão –

- mas, e acima de tudo, faz-nos sentir mais ligados à terra, mais livres, mais harmoniosos connosco próprios, com o outro e com a vida .

Olhando para trás, o balanço descreve-me preenchida, realizada, feliz, amada, capaz de largar o passado, grata e acompanhada mesmo quando me vejo só.

Olhando para a frente vejo oportunidade de parar para descansar, reciclar, contemplar, meditar, recarregar energias para logo recomeçar um novo ciclo de trabalho e de novas aprendizagens.

O cheiro do novo já está no ar.

Aquele abraço RM :~)


Pequena nota sobre o que significa o dia fora do tempo.

Segundo o mítico Calendário Maia, a contagem do tempo baseia-se em 13 ciclos lunares de 28 dias por ano solar, perfazendo um total de 364 dias, complementado por mais um, chamado de dia "Fora do Tempo"...

Os Maias consideram este dia como uma grande oportunidade de reciclar, recomeçar, recarregar as energias, libertar o que já não é mais preciso, agradecer por tudo que foi recebido no período anterior em todos os aspectos, agradecendo inclusive os momentos aparentemente menos bons ou dramáticos, pois terão sido importantes aspectos do nosso processo de aprendizagem e evolução como seres humanos.

Deste modo, o dia fora do tempo caracteriza-se como um dia de paz, de arte e cultura, de cooperação entre povos e surge como uma ponte entre dois ciclos, que será marcada por uma alteração profunda. A consequência é passarmos a estar com muito mais frequência no lugar certo, na hora certa, encontrando a(s) pessoa(s) certa(s) e fazendo a coisa certa...
FREQUÊNCIA 13:20


Para quem quiser saber mais sobre o Calendário da Paz, ou das 13 Luas, mais conhecido por calendário Maia poderá consultar:
http://www.calendáriodapaz.com.br
http://www.pan-portugal.com